24.8.08

No dia 22 de Agosto realizou-se no Centro de Recuperação do Lobo Ibérico (Malveira-Mafra) um percurso pedestre onde se pretendia "dar a conhecer alguns aspectos da biologia e conservação do lobo ibérico nosso país, mediante observação dos lobos ali residentes."

Para quem acompanha os documentários da BBC Vida Selvagem ou num recentemente dado no Discovery Channel, nenhuma informação nova relacionada com alcateias foi retirada.
Contudo toda esta informação foi apresentada de modo claro permitindo o grupo mais jovem pudesse facilmente interessar-se e acompanhar os "mais crescidos".

 

  

 

Quanto ao Lobo Ibérico, causas da sua eminente extinção, relações entre homem/ lobo foram apresentadas, assim como o porquê da sua presente distribuição.

Mas a parte mais interessante foi conhecer o historial dos lobos residentes no Centro, tanto os actuais como os que já morreram (de velhice com cerca de 17/18 anos!).
São/foram lobos vitimas de armadilhas, resgatados a donos (um passou por cão durante 6 meses até o dono se aperceber que algo "não estaria bem"; outro, menos "sortudo", esteve longo tempo acorrentado a uma árvore em precárias condições), vítimas de atropelamento, etc.

 

 

O Centro não faz a reintegração na "Vida Selvagem" destes animais, mas também não fomentam a interacção entre homem/lobo.
A única excepção é um lobo já velhinho com 7 anos proveniente do zoológico de Madrid: este (se lhe apetecer - é mesmo o termo), acompanha-nos ao longo do cercado, ignorando completamente um gato descarado que teima vadiar dentro do seu cercado - até se fartar e galgar as redes para se juntar a nós (o gato entenda-se).
 

Link do vídeo.

 

Aqui, uma palavra de apreço ao Centro por compreender a necessidade que o visitante-turista (onde também eu me insiro) tem em ver um lobo.

 

Estes animais, que se encontram em regime de semi-liberdade, encontram-se distribuídos por várias áreas: as mais pequenas são as de quarentena.
O objecto a curto prazo do Centro é a criação de uma alcateia que permita a renovação de sangue dos seus actuais residentes. 

Fiquei surpreendida com algumas zonas de cercado por se apresentarem desprovidas de árvores e de arbustos - somente uma palha muito seca ali estava.
 

A razão para tal prende-se com a acção de substituição do eucaliptal por arvoredo autóctone. Ao contrário com as demais árvores, o eucalipto não permite o desenvolvimento de outras espécies (nem mesmo arbustos), secando todo o local.
Actualmente, apesar das sucessivas tentativas de reflorestação, o local continua árido dificultado pelas condições do local: ventoso e de declive considerável não existindo protecção aos rebentos ainda jovens - somente vão subsistindo os rebentos dos eucaliptos que rapidamente são cortados/arrancados.

 

No trilho com cerca de 5km, vemo-nos envoltos numa bela paisagem que ganha uma coloração mágica no crepúsculo.
Às 22h00, em inicio de noite mas já escuro como breú, rodeada pela sinfonia dos grilos, gritei a todas as minhas forças para não cair num cliché desrespeitador ao local e lançar um longo e estridente uivo.

 

 

Para não variar, nestas iniciativas de grupo existe sempre um espécime de duas patas conhecido por Melga ou Chico-esperto. Este entretém-se a interromper sistematicamente o guia para mostrar a sua tão pretensiosa sabedoria.

Não achando isso suficiente, quer à viva força contar as suas histórias de Família.
Oh Senhora de Kispo cor-de-rosa, será que não se apercebeu que o guia trabalha no Centro e que desde sempre estudou Lobos?? E na sua Alta Sabedoria Saloia, deveria ter compreendido desde o inicio que NÂO se deve tirar fotografias com flash e que não deveria insistir em tal facto.
Irra!

sinto-me: aaaúúúúúú
link do postPor siri, às 18:29 

23.8.08

 

Link para o vídeo

 

 

Vi passar um Dragão Cor-de-Rosa e ele disse:

 

sinto-me:
link do postPor siri, às 15:54 


 
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